Afinal de contas, isopor é ou não é reciclável?
O isopor é amplamente utilizado na área da construção civil, no setor automotivo, fabricação de embalagens, caixas térmicas, etc. Existem inúmeras aplicabilidades, porém gera muitas dúvidas tanto sobre sua composição, como sobre seu descarte.
Antes de tudo, vamos entender um pouco sobre o que é exatamente esse material.
O isopor é um EPS que é a sigla internacional para Poliestireno Expandido. Ou seja, o isopor nada mais é do que um material plástico.
É um produto sintético proveniente do petróleo, resultante da polimerização do estireno em água. Estima-se que apenas 0,1% do consumo total de petróleo é utilizado na fabricação de EPS, de acordo com a Termovale.
Para ser produzido, ocorre o chamado processo de expansão, por isso o nome poliestireno expandido.
Assim, o isopor torna-se um material composto de cerca de 98%de ar e apenas 2% de matéria-prima, segundo o site Mundo Isopor.
Os formatos, as densidades e as características físicas do poliestireno expandido podem variar de acordo com a necessidade de aplicação. Mas, de modo geral, todo EPS possui grande volume sobre pouca massa.
O isopor é, portanto, um plástico e por não ser biodegradável gera muitas especulações sobre a questão da sustentabilidade em relação ao material e o mito de que não é reciclável, mas ele é sim!
Reciclagem do isopor
Conforme colocado pela EPS Brasil, a fabricação do isopor atende à Política Nacional de Resíduos Sólidos, gera o mínimo possível de dejetos e não emite gases prejudiciais à atmosfera.
Além disso, o material não é tóxico e previne a proliferação de microrganismos, não causando nenhum tipo de contaminação.
Sendo assim, o ponto crítico estaria no descarte incorreto do material, assim como o de qualquer tipo de plástico.
Segundo o site Trashin, o processo de reciclagem é possível através da moagem e “emulsificação” do isopor processado, resultando em uma espécie de pasta, que pode ser empregada para moldar peças com novos formatos.
Contudo, para a maioria das aplicações, é preciso lidar com aditivos e as particularidades da sua composição.
A dificuldade do processo e a limitação na reutilização torna o procedimento inviável na maioria dos casos.
Assim, torna-se financeiramente inviável em muitos casos.
Além disso, como o material é muito leve em relação ao seu volume, se tornando um “desperdício” coletar e armazenar o isopor, pois apesar do grande volume, há pouco peso.
A Trashin faz ainda outra observação importante: “devido à natureza leve do isopor, o transporte em caçambas e carrocerias abertas é virtualmente impossível – as peças podem voar.
Ademais, e por serem peças irregulares, o desperdício de espaço no transporte é ainda maior.
Como descartar corretamente?
Agora você já sabe que o isopor é sim reciclável, então você pode se informar com catadores ou locais que recolhem materiais recicláveis se eles recolhem isopor também.
Como dito, o isopor é um plástico, então, nas ruas ou espaços onde houver lixeiras de coleta seletiva você pode descartá-lo na lixeira corresponde ao plástico (geralmente a vermelha).
Além disso, você também pode reutilizar o material após o uso, como em artesanatos, elaboração e confecção de peças de decoração e até mesmo na confecção de caixas para compostagem , por exemplo.
Então, sempre que possível, destine seus resíduos para a reciclagem.
A recicla.se conecta você com catadores de todo o Brasil! Acesse nosso site clicando aqui e cadastre seus resíduos.