O aterro sanitário a primeira vista, é um local que destinamos os resíduos sólidos gerados pelos seres humanos, e que ainda é muito utilizado no Brasil. Em muitos países da Europa, como Alemanha e Finlândia, já quase não utilizam essa opção.
Esses países mais desenvolvidos, utilizaram muito os aterros sanitários, mas com o passar dos anos perceberam que esses resíduos poderiam ser aproveitados de uma forma melhor, destinando apenas uma porcentagem mínima aos aterros.
Afinal, o que é um aterro sanitário?
Como o nome sugere, é uma forma de aterramento controlado dos resíduos. Pensando de maneira simples e barata, é uma opção para destinação dos resíduos sólidos urbanos. Porém, mesmo sendo financeiramente melhor, é necessário muito cuidado em seu acompanhamento e manutenção.
A princípio, ele parece uma solução muito simples, mas é importante lembrar que para a construção de um aterro sanitário, é necessário seguir várias normas técnicas. Porque ele receberá os resíduos e rejeitos, que permanecerão por muitos anos nesse local, até sua decomposição. Para que isso ocorra, tem que ser um local totalmente controlado.
Nesse sentido, o objetivo é causar o mínimo de impacto possível ao meio ambiente. Para a sua construção, é necessário seguir algumas etapas que vou explicar de um modo bem simples:
Base
Na sua base, é construído um sistema de drenagem para a captação do chorume (líquido escuro proveniente da decomposição dos resíduos). Onde, antes de tudo, é feito uma camada de solo compactado, e logo após é colocado uma manta de PEAD (polietileno de alta densidade – tipo uma lona grossa), isso serve para evitar a infiltração do chorume no solo. Após a manta, é montado o sistema de coleta do chorume através de encanamentos, que será responsável por direcionar todo esse líquido a um reservatório, que será tratado posteriormente.
Toda essa estrutura é necessária, para evitar que o chorume infiltre no lençol freático e no solo, contaminando tudo.
Camadas de resíduos
Após a construção da base, começa a fase de disposição dos resíduos. Como eles têm uma alta concentração de umidade e são compostos por diferentes matérias, é necessário fazer camadas com outros materiais inertes como o solo, para garantir estabilidade à estrutura.
Essas camadas, além de proporcionar estabilidade, também servem como barreira para a água da chuva, pois a camada de solo utilizada é compactada. Da mesma forma, evitamos a infiltração nas demais camadas e também o aumento no volume do chorume.
Sistema de drenagem de gás
Na construção das camadas de resíduos, também é construído um sistema de captação de gás. Esse sistema é necessário porquê, quando os resíduos estão em processo de decomposição, é gerado gás metano e gás carbono.
Esses gases, além de serem inflamáveis, são altamente poluidores. E, se ficarem retidos no aterro, podem ocasionar instabilidade na estrutura.
O gás gerado e coletado, também pode ser utilizado como biogás, para a geração de energia elétrica ou combustível para veículos. Por outro lado, a utilização deste tipo de energia, aqui no Brasil, é muito pouco utilizada. Então, na maior parte dos aterros, esses gases são queimados, sem nenhum tipo de aproveitamento.
E tem diferença entre aterro sanitário e lixão?
No nosso país, ainda existem muitos municípios que não tem aterro sanitário, e acabam utilizando os lixões. São mais de 3 mil espalhados em todo o território nacional, e por isso não poderia deixar de fazer uma breve comparação entre os dois.
Resumidamente, o lixão é um local onde é despejado todos os resíduos sólidos urbanos, sem nenhum controle de prevenção que minimize os impactos tantos ambientais, quantos os da saúde pública.
Em contrapartida, o aterro como mencionado acima, é um local controlado, que atende uma série de quesitos técnicos para minimizar os impactos.
Aterro sanitário é a solução?
Mesmo sendo uma solução simples e de baixo custo, não é a melhor opção, pois com o passar dos anos ele se tornará um grande problema ambiental. Nesse ponto, é importante ressaltar que ele tem uma vida útil, onde chegará num nível que não poderá receber mais resíduos. Ainda assim, será necessário um acompanhamento constante para que não traga mais impactos ambientais, pois todos os resíduos ali depositados, levarão milhares de anos até se decomporem por completo.
Por esses motivos, ele não é a melhor opção. O barato hoje, sairá caro amanhã.
Por outro lado, ele deve ser visto como uma parte da solução, recebendo apenas o que não pode ser mais aproveitado e nem reciclado. Infelizmente, grande parte que vai parar nos aterros e lixões, não só podem, mas devem ser reciclados, pois isso ajuda a diminuir a demanda de extração da matéria prima virgem.
Nós, da Trash2Money, te ajudaremos a dar a destinação correta aos seus recicláveis. E enviar aos aterros apenas o que não pode ser aproveitado.
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