As cores da coleta seletiva

As cores da coleta seletiva têm como objetivo facilitar a destinação e identificação dos materiais recicláveis de acordo com a sua composição, tipo de material ou utilização. O código de aplicação das cores é difundido no mundo inteiro, e aqui no Brasil ela é regulamentada pela RESOLUÇÃO CONAMA nº 275, de 25 de abril de 2001.

Primeiramente, precisamos entender melhor algumas questões. Por exemplo a palavra LIXO, que utilizamos a todo momento para algo que já não serve mais e pode ser descartado. Porém, com o passar dos tempos, ela vem caindo em desuso.

Antes de mais nada, por que não chamar mais desse jeito? É porque o que costumamos chamar de lixo, se enquadra em duas categorias: resíduos e rejeitos.

RESÍDUOS

Os resíduos são todos aqueles materiais que podem ser reaproveitadas de alguma forma ou recicladas, onde são transformadas em novos produtos.

Bons exemplos de reaproveitamento são os paletes, caixas de madeira, e também as madeiras de construção. Nesse sentido, elas podem ser utilizadas na confecção de móveis e artigos de decoração para casa, escritórios, lanchonetes e bares entre muitos outros.

Nos casos de reciclagem, temos os plásticos como o PET, que podem ser utilizados na fabricação de roupas; do mesmo modo as caixas Tetra Pak podem ser usadas na fabricação de telhas e isolantes térmicos e acústicos; temos também as latas de alumínios em novas latas de bebidas. E por fim, os materiais orgânicos que podem ser compostados. 

REJEITO

O rejeito é o termo que usamos para o que não pode ser mais utilizado ou reaproveitado de alguma forma, tendo que ser descartado sem nenhum aproveitamento. Então, seu destino é o aterro sanitário.

Hoje em dia, com a descoberta de novas tecnologias, a quantidade de matérias que não podem ser reaproveitadas ou recicladas é muito pequena. Em outras palavras, temos o isopor. Que é um material que antigamente era considerado como rejeito, e hoje temos tecnologias disponíveis para a sua reciclagem.

RECICLÁVEIS SECOS E ÚMIDOS

Outra dúvida muito comum é a diferença dos recicláveis secos e úmidos, e por qual motivo devemos separá-los. Os recicláveis úmidos têm muita água, óleos e gorduras que podem contaminar os recicláveis secos como o papel. E nesse sentido, os materiais orgânicos (recicláveis úmidos) são reciclados através da compostagem.

Os recicláveis secos mais comuns são: plásticos, papéis, metais, vidros e borrachas. De acordo com a sua composição, é determinado qual o tipo de processo que será utilizado na sua reciclagem, voltando novamente a cadeia produtora e evitando a extração de novas matérias primas.

Em síntese, os materiais úmidos e secos devem ser separados para que não ocorra a contaminação, que podem inviabilizar a sua reciclagem.

Coleta seletiva

Cada tipo de matéria necessita de um processo diferente de reciclagem e destinação correta. A separação por cores na coleta seletiva é para nos auxiliar na hora do descarte.

Mas vamos lá, que vou te contar cada uma delas a seguir:

AZUL: papel e papelão.

Exemplos: caixas de sapato, embalagens de equipamentos, correspondências, folhas em geral, sacolas de papel, cadernos, embalagens longa vida (Tetra Pak), caixa de pizza.

VERMELHO: plástico.

Exemplos: sacolinhas, pack de bebidas, garrafas pet, garrafas de produtos de limpeza, embalagens de alimentos, frascos de produtos de higiene, potes de sorvetes, canudos, talheres descartáveis.

VERDE: vidro.

Exemplos: garrafas de bebidas, frascos de alimentos, potes de conservas, copos.

AMARELO: metal.

Exemplos: latas de alumínio, latas de tintas, sprays, potes de alimentos em conservas, tampas de garrafas de bebidas.

PRETO: madeira.

Exemplos: caixas, caixotes, paletes, podas de árvores e arbustos.

LARANJA: resíduos perigosos.

Exemplos: pilhas, baterias, lâmpadas fluorescentes.

BRANCO: resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde;

Exemplos: seringa, algodão sujo, gazes, faixas, papel, luvas, máscaras.

ROXO: resíduos radioativos.

Exemplos: máquinas e coletes de raio X, combustível de usina nuclear. 

MARROM: resíduos orgânicos.

Exemplos: restos de comida, cascas de legumes, verduras e frutas, papel sujo de óleo e gordura, borra de café, guardanapos.

CINZA: resíduo geral não reciclável ou misturado, ou mesmo contaminado e não passível de separação.

Por que as cores da coleta seletiva

A coleta seletiva tem como premissa facilitar a destinação dos materiais. Pois quanto mais misturados eles estiverem, mais difícil e caro é o processo de triagem, e muitas vezes acabam inviabilizando a sua reciclagem.

Além de ajudar na destinação correta, também deixa em alerta quanto aos ricos de cada tipo de resíduos/rejeitos. Bem como os tambores BRANCOS que são utilizados para receber resíduos ou rejeitos da saúde. Por serem considerados resíduos perigosos, precisam passar por um processo de tratamento para a neutralização de qualquer contaminante, antes de serem descartados nos aterros sanitários.

Temos que utilizar a coleta seletiva como uma ferramenta para ajudar o meio ambiente, evitando o descarte incorreto. Mas lembre-se: antes de reciclar, temos que reduzir. Seja consciente!