Leves, práticas e baratas, as embalagens PET são amplamente utilizadas em todo o mundo. Mas e depois? Não existe “jogar fora”, por isso aqui vamos falar um pouco sobre a reciclagem de garrafas PET.
As embalagens PET recebem esse nome devido ao tipo de plástico do qual elas são fabricadas.
PET é a sigla para Politereftalato de Etileno que é um polímero (plástico) amplamente utilizado nas indústrias para a confecção de embalagens e fibras sintéticas.
A primeira garrafa PET foi desenvolvida em 1973 por Nathaniel Wyeth devido ao advento do processo de injeção e sopro para conceder uma forma rígida ao plástico.
Sua utilização no Brasil ocorreu a partir da década de 1980, pela indústria têxtil e de embalagens (Biblioteca Virtual do Governo do Estado de São Paulo).
O PET começou a ser utilizado na indústria de bebidas em 1993 devido ao seu baixo custo de produção, praticidade e leveza.
Assim, muitas garrafas de vidro foram sendo substituídas por garrafas PET.
Além disso, têm a vantagem de serem mais leves, de fácil manuseio e oferecem maior segurança, pois por ser um material resistente, há menos perda de produtos devido a impactos ou quedas durante o transporte em comparação a outros tipos de embalagem.
Outra característica é que por ser um termoplástico, pode ser derretido e moldado inúmeras vezes quando aquecido sem perda de qualidade.
Tal característica o torna de grande valor econômico para a indústria da reciclagem.
A reciclagem
A reciclagem de garrafas PET se inicia com a coleta feita por catadores e cooperativas de reciclagem que destinam o material aos centros de triagem.
No centro de triagem, os catadores/funcionários separam os materiais de acordo com o tipo (papel, metal, plástico, vidro, etc).
Para que possa ser reciclada, é importante remover a tampa, lacre e rótulo da garrafa PET , pois geralmente são feitos de outro tipo de plástico.
Uma vez dentro da categoria plástico, os catadores/funcionários também separam de acordo com o polímero utilizado.
Essa separação é baseada na nomenclatura localizada na superfície da embalagem, conforme explica a Valgroup Sustainable Innovation.
Cada tipo de plástico é identificado por um número:
(1) PET (2) PEAD (3) PVC (4) PEBD (5) PP (6) PS e outros (7)
Em seguida, os catadores/funcionários separam por cor, para garantir uniformidade da tonalidade do plástico durante o processo de reciclagem, o que garante um maior valor no mercado de novas embalagens.
Então, o material é triturado e enviado para máquinas extrusoras, onde são fundidos e reprocessados.
Nessa etapa, podem receber aditivos para manter ou melhorar suas propriedades e características originais.
Assim, o processo resulta na produção de flocos de plástico, os chamados pellets.
Após o processo de lavagem e descontaminação, vende-se os flocos limpos para as indústrias de transformação, responsáveis por derreter e moldar em novas embalagens e produtos.
O mercado
Do ponto de vista econômico, a reciclagem de garrafas PET (e outras embalagens) desenvolveu uma indústria bastante rentável e é responsável pela geração de renda e empregos na indústria e nas cooperativas de catadores.
Segundo artigo do site CicloVivo, o último Censo da Reciclagem do PET revelou que o Brasil reciclou 55% das embalagens de PET, em 2019.
Isso significa o reaproveitamento de 311 mil toneladas, 12% acima do calculado em 2018, e um faturamento de R$ 3,6 bilhões.
A indústria também está aumentando o processo de despolimerização, recuperando as matérias-primas utilizadas na produção inicial das embalagens plásticas – técnica é conhecida como “bottle-to-bottle” – (Biblioteca Virtual do Governo do Estado de São Paulo).
Ademais, a produção de plástico a partir da reciclagem de embalagens PET permite o consumo menor de energia e derivados do petróleo.
Que tal reciclar suas garrafas PET ?
Você também pode ajudar a construir e melhorar o cenário da reciclagem no Brasil. Basta separar adequadamente seus recicláveis e destiná-los à postos de coleta e reciclagem.
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