Já ouviu falar nas coopergatos ou falsas cooperativas? E em coleta clandestina? Sabia que isso existe?
Pois é… Aqui vamos abordar esses dois assuntos e tentar esclarecer um pouco sobre o que se trata para você poder tomar cuidado.
Coopergatos
Coopergato é o nome popular que se refere às falsas cooperativas que, na verdade, atuam como empresas em geral.
Na legislação, não existe vínculo de emprego entre a cooperativa e seus associados, ou entre os associados e aqueles que contratam as cooperativas.
Dessa forma, “várias empresas passaram a se utilizar daquela vedação legal para determinar que algumas atividades afins fossem transferidas da contratação de trabalho para a forma de cooperativas, prestando serviços àquelas empresas através desta nova modalidade”, conforme explica o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
Nas coopergatos (falsas cooperativas), a estrutura hierárquica e a forma como se trabalha nela foge dos princípios do cooperativismo, funcionando como agências de mão-de-obra, sem a preocupação em assegurar os direitos trabalhistas.
Conforme apresentado pelo Portal Unisol Brasil, “os trabalhadores nunca são consultados sobre a sociedade e os destinos do negócio”.
“A grande maioria destas organizações são ‘cooperativas de mão-de-obra’, cuja finalidade única é arregimentar e cadastrar um grande número de trabalhadores e disponibilizá-los a empresas tomadoras” (Unisol Brasil).
Aqui no blog já abordamos sobre as cooperativas de reciclagem e seus princípios. Basicamente, em uma cooperativa de verdade todos os membros são “sócios” e irão dividir os ganhos igualmente.
Nas cooperativas, os membros se reúnem para debater os principais assuntos de interesse de todos e, ainda, elegem alguns companheiros para administrarem os bens e negócios comuns.
Desse modo, é importante ficarmos atentos a essas falsas cooperativas e denunciar!
Conforme colocado pela Unisol Brasil, “além lesarem os trabalhadores, maculam a imagem do genuíno cooperativismo autogestionário”.
Coleta Clandestina
A coleta clandestina é feita por catadores clandestinos ou pelos chamados “morcegões”.
Isso geralmente ocorre em locais em que já existe a presença de alguma cooperativa de reciclagem que atua no local e/ou onde a prefeitura do município disponibiliza caminhões para a coleta pública de material reciclável para cooperativas e associações conveniadas à prefeitura.
Em algumas cidades já existe legislação própria para o assunto, como no município de Erechim (RS), por exemplo, cuja Legislação Municipal diz que a coleta de resíduos sólidos somente poderá ser realizada pelo município ou por empresa com a concessão do município para essa atividade.
Então, não é permitida a coleta de resíduos sólidos por pessoas físicas e/ou jurídicas, em vias públicas e/ou lixeiras residenciais e comerciais.
Assim, os catadores clandestinos são aqueles que costumam passar nas residências antes dos caminhões da empresa responsável pela coleta pública.
Os “morcegões” atuam do mesmo modo e são chamados assim por atuarem mais durante a noite.
Tratam-se de veículos sem identificação, geralmente irregulares, que recolhem os materiais recicláveis separados pelos moradores, para levar a centrais de triagem clandestinas.
Muitas vezes, fazem a coleta apressadamente e deixam rastros de sujeira nas ruas, pois recolhem só o que interessa e deixam o restante pelo caminho.
Diante disso, as cooperativas que são abastecidas com o material recolhido pelos caminhões da empresa contratada pela prefeitura ficam com cada vez menos material, principalmente aqueles de maior valor.
Catadores e cooperativas de diversas cidades, como São Paulo e Campinas, por exemplo, frequentemente levantam essas questões e relatam queda na quantidade de material coletado.
Portanto, lembre-se de separar corretamente o lixo e colocá-lo na rua/lixeira nos dias e horários corretos para que haja coleta adequada e chegue até às associações e cooperativas que atuam de forma legal.
Dê o destino adequado aos seus recicláveis
Agora que você já sabe o que são as coopergatos e a coleta clandestina, fique atento sobre isso no local onde você mora. Procure se informar sobre quem coleta o lixo reciclável no seu município para não contribuir com irregularidades.
A Recicla.se pode te ajudar a dar o destino adequado aos seus recicláveis. Acesse o site ou redes sociais e entenda como funciona!
Pequenas atitudes transformam o mundo! ♻️